26 de jan. de 2010

O amor maduro

O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas silencioso.
Não é menor em extensão.
É mais definido colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações.
Presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas.
Amplia-se com as ausências significativas.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo.
Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.
Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o
equilíbrio de carne e de espírito.
O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa.
Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que fermentou
criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.
Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.
(Artur da Távola)

17 de jan. de 2010

Você sabe amar?

Eu estou aprendendo.
Estou aprendendo a aceitar as pessoas,
mesmo quando elas me desapontam.
Quando fogem do ideal que tenho para elas,
quando me ferem com palavras ásperas
ou ações impensadas.
É difícil aceitar as pessoas assim como elas são,
não como eu desejo que elas sejam.
É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo.
Estou aprendendo a amar.
Estou aprendendo a escutar,
escutar com os olhos e ouvidos,
escutar com a alma e com todos os sentidos.
Escutar o que diz o coração,
o que dizem os ombros caídos,
os olhos, as mãos irrequietas.
Escutar a mensagem que se esconde
por entre as palavras corriqueiras, superficiais;
Descobrir a angústia disfarçada,
a insegurança mascarada,
a solidão encoberta.
Penetrar o sorriso fingido,
a alegria simulada, a vangloria exagerada.
Descobrir a dor de cada coração.
Aos poucos, estou aprendendo a amar.
Estou aprendendo a perdoar.
Pois o amor perdoa, lança fora as mágoas,
e apaga as cicatrizes que a incompreensão
e insensibilidade gravaram no coração ferido.
O amor não alimenta mágoas com
pensamentos dolorosos.
Não cultiva ofensas com lástimas e autocomiseração.
O amor perdoa, esquece,
extingue todos os traços de dor no coração.
Passo a passo,
estou aprendendo a perdoar, a amar.
Estou aprendendo a descobrir o valor que
se encontra
dentro de cada vida, de todas as vidas.
Valor soterrado pela rejeição,
pela falta de compreensão,
carinho e aceitação, pelas experiências duras,
vividas ao longo dos anos.
Estou aprendendo a ver,
nas pessoas a sua alma
e as possibilidades que Deus lhes deu.
Estou aprendendo.
Mas como é lenta a aprendizagem!
Como, é difícil amar, amar como Cristo amou!
Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo...
Aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores,
meus interesses, minha ambição, meu orgulho
quando estes impedem o bem estar
e a felicidade de alguém!
Como é duro amar!
Eu estou aprendendo.
E você? Sabe Amar ?
(autor desconhecido)

8 de jan. de 2010

Não nos contaram...

"Hoje é o momento ideal pra falar de sacanagem.
Mas nada de ménage à trois, sexo selvagem
e práticas perversas, sinto muito.

Pretendo, sim, é falar das sacanagens que fizeram com a gente.

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer,
só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.

Não nos contaram que amor não é acionado nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja,
e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.

Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida
merece carregar nas costas a responsabilidade de completar
o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.

Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um",
duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava.

Não nos contaram que isso tem nome: anulação.

Que só sendo indivíduos com personalidade própria
é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório
e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados,
que os que transam pouco são caretas,
que os que transam muito não são confiáveis,
e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.

Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz,
a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.

Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas,
são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, nem contaram que ninguém vai contar.

Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo,
vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."
(Martha Medeiros)

4 de jan. de 2010

FELIZ ANO NOVO!!!

De repente, num instante fugaz,
os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente
e o ano velho ficou para trás.

De repente, num instante fugaz,
as taças de champagne se cruzam e o vinho francês borbulhante anuncia que
o ano velho se foi e ano novo chegou.

De repente, os olhos se cruzam,
as mãos se entrelaçam e os seres humanos,
num abraço caloroso, num so pensamento,
exprimem um só desejo e uma só aspiração: paz e amor.

De repente, não importa a nação, não importa a língua,
não importa a cor, não importa a origem,
porque todos são humanos e descendentes de um só Pai,
os homens lembram-se apenas de um só verbo: amar.

De repente, sem mágoa, sem rancor, sem ódio,
os homens cantam uma só canção, um só hino: o hino da liberdade.

De repente, os homens esquecem o passado,
lembram-se do futuro venturoso, de como é bom viver.
Feliz Ano Novo!!!